A realidade da composição, em termos de gênero, dos colaboradores da área de TI da Joycar é um tanto quanto distante das demais empresas. São 8 pessoas programando, sendo que 2 são mulheres: a Dayane (Day) e a Daniela (Dani). A representatividade é baixa ainda, mas considerando o tamanho da empresa e olhando para as demais, a Joycar é um bom exemplo a ser seguido.
Tanto a Day, quanto a Dani são graduadas em Ciências da Computação. Elas fazem parte da minoria formada na área e atuante no mercado digital: segundo dados da ONU Mulheres Brasil, apenas 18% das mulheres são graduadas em Ciência da Computação, representando 25% da força de trabalho desse mercado.
Se você pensa que o grau de formação tem a ver com essa representatividade baixa das mulheres devs atuantes em TI ou que por isso ganham 34% a menos que os homens, a verdade é outra: as mulheres interessadas pela área, conforme o IBGE, têm grau de instrução mais elevado. Dentre os motivos, apontados pela presidente do Harvey Mudd College, Maria Klawe, para a baixa participação do público feminino estão: a falta de interesse, a crença de não serem boas com tecnologia e o fato de acharem que trabalharão em um ambiente em que não se sentirão bem quistas.
Como várias outras mulheres nessa área, a Dayane passou por alguns momentos desagradáveis durante os anos de graduação. Apesar de serem 6 meninas em um grupo de 40 alunos, os colegas eram cordiais e inclusivos. O corpo docente, por outro lado, se mostrava resistente a aceitar a “infiltração” das garotas no curso. Enquanto uns professores falavam coisas como “até as meninas já terminaram”, “até as meninas já conseguiram”, o coordenador tentou desencorajá-las com o argumento de que o mercado de TI não era tão promissor. Ainda bem que elas não acreditaram e, desde 2016, a Day integra o time da Joycar!
O que fazer para transpor as forças contrárias às mulheres na tecnologia? A Dani tem um belo exemplo dentro de casa. Os pais sempre a incentivaram a ser e fazer o que quisesse. Além de ser apaixonada por game e uma excelente programadora, gosta de bater uma bolinha. De presente ganhava de jogos eletrônicos (os famosos games) a chuteira, e estava tudo bem: profissão não tem gênero, nem cor, nem idade.
Exemplos de outras mulheres também são essenciais para persistir. Continuar falando sobre as dificuldades e glórias dessa minoria é importante. A expressão “a união faz a força” tem feito muito sentido e efeito. Às empresas cabe orientar e procurar por profissionais do gênero; dar a oportunidade e trabalhar o ambiente para que o respeito e a admiração cresçam. Ciente disso, nossas dev-girls relataram o quão bom é o ambiente na Joycar: inclusivo e confortável. Trabalhar com outras mulheres da área também as deixam satisfeitas e felizes para desempenhar suas tarefas e evoluir.
Falando em exemplo...
Quer seguir na área de TI? Nossas devs eram e são craques em matérias de exatas; lógica é com elas! Curiosas e destemidas, pesquisando e aprendendo com os conteúdos disponíveis na internet. Apaixonadas por tecnologia, acreditam que programar é mudar o mundo, é transformar a realidade.
Como elas, existiram e existirão outras dev-girls inspiradoras. A seguir uma lista feita pela Dani e pela Day para servir de exemplo:
Hedy Lamarr – a atriz ficou conhecida como a mãe de um aparelho de rádio, que serviu de base para os telefones celulares.
Ada Lovelace – a mulher que escreveu o primeiro código a ser processado por uma máquina.
Grace Hopper – criadora da linguagem Flow-Matic, percursora da linguagem COBOL (usada pelos bancos até hoje).
Margaret Hamilton – desenvolveu o programa de voo da Apolo 11.
Katie Bouman – responsável pelo algoritmo que formou a primeira imagem do buraco negro.
Karlie Kloss – modelo americana que criou o projeto Kode with Klossy para dar a oportunidade de garotas adolescentes de estudarem Ciências da Computação e Engenharia de Software.
Lindsey Scott – atriz e modelo americana, mentora na organização Girls Who Code, que ensina garotas adolescentes a programarem.
Fabiana Barbarini
Líder de Finanças e Pessoas
Participação mais que especial: Dayane Martins e Daniela Pioli